A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a Resolução nº 330/2019, instituindo novas diretrizes de organização, funcionamento e proteção radiológica em serviços radiologia médica em todo o território nacional. O Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) adicionou diversas proposições, entre elas a que possibilitou a inclusão do profissional da Radiologia à frente de serviços de gestão nos setores imagem.

"É um marco na história dos técnicos e tecnólogos em Radiologia. O documento estabelece regras em um campo no qual somos protagonistas e, a partir de agora, dá o devido valor à figura do profissional da Radiologia em um dos principais instrumentos da política nacional de proteção radiológica”, avaliou o presidente do CONTER, Luciano Guedes.

O destaque para a categoria veio no ano em que se comemoram os 35 anos de regulamentação da profissão. O CONTER editará uma resolução que definirá os critérios para a certificação de Responsável Técnico (RT) e Supervisor de Proteção Radiológica (SPR).

Novas atribuições

O Supervisor de Proteção Radiológica (SPR) é o membro da equipe radiológica que deve assumir a responsabilidade pelas ações relativas à proteção radiológica. O SPR integra programas concretos de segurança da equipe e do público, como projetos de educação que visem capacitação e atualização e contemplem tópicos relativos aos protocolos de segurança.

Já o Responsável Técnico é o profissional legalmente habilitado para assumir a responsabilidade pelos procedimentos radiológicos. Para se ter uma dimensão do trabalho do RT, ele pode suspender imediatamente a utilização de equipamentos radiológicos ou permitir o funcionamento temporário apenas para atendimentos de urgência ou emergência.

Tanto o Supervisor e o Responsável Técnico têm autoridade para interromper atividades inseguras no serviço de saúde pelo qual são responsáveis.

Mais espaço no mercado de trabalho

Com as novas atribuições, os profissionais da Radiologia ganham mais espaço no mercado de trabalho. “Cada instalação física de radiodiagnóstico irá necessitar de um tecnólogo para assumir a Supervisão de Proteção Radiológica, com relação tanto a proteção do paciente quanto do profissional. Isso tende a aumentar a procura pelo tecnólogo em radiologia, que é quem está qualificado para assumir essas funções”, explicou Bruno Leite, coordenador do curso de Radiologia do Unifip.

Os locais de radiodiagnóstico terão um ano, a partir de 26 de dezembro de 2019, para se adequarem a nova resolução. Leia o texto na íntegra no link: https://bit.ly/2R3S5m1

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Com informações de: Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER)