Sociedade e política foram os motes que inspiraram as discussões do IV Simpósio de Arquitetura e Urbanismo (SAU). Foram três dias intensos de debates, palestras, oficinas e desenvolvimento de projetos, utilizando diversas abordagens.  “A gente pensou nisso para trazer para os alunos essa reflexão crítica do momento em que a gente vive hoje, e como essas questões influenciam na vida do profissional e na área em que a gente pensa”, explicou Marcella Portella, coordenadora de Arquitetura e Urbanismo. 

O evento recebeu as palestrantes, Heignne Jardim e Elisabetta Romano. As temáticas abordadas foram paisagismo e mobilização social. Já Eduardo Jorge, que concorreu ao cargo de presidente nas eleições de 2014, proferiu uma palestra sobre políticas públicas e desenvolvimento das cidades, como foco para questão ambiental.

“Todas as políticas públicas são importantes. Educação é importante, saúde, urbanismo, habitação. Mas hoje existe uma urgência de política, inclusive reconhecida pela ONU, que é máxima. É a questão do aquecimento global. A crise climática ameaça a forma de viver da humanidade. Nós não podemos continuar dependendo de combustíveis fósseis e produzindo lixo na velocidade que a gente produz”, alertou Eduardo.

Dentro dessa visão sustentável os alunos aprenderam a produzir móveis reutilizando madeira. As oficinas aliaram teoria e prática para difundir o conhecimento. O engajamento dos estudantes garantiu o sucesso do evento. “Ouvir os alunos gera isso. Gera liberdade para eles, leveza. Foram dias muito cansativos, mas produtivos”, contou a Flora Oliveira, membro da comissão organizadora do IV SAU.

Transformadores, assim são os arquitetos. Eles se apropriam dos espaços e conseguem transformá-los em ambientes mais agradáveis e aconchegantes. Instigados a criarem projetos urbanos, os alunos utilizaram o espaço da Faculdade para executá-los na prática. “Nós construímos esse espaço de vivência para os alunos, que foi uma solicitação dos próprios. Começamos a delimitar vagas de estacionamento, tudo isso baseado nas discussões para entender as problemáticas da Faculdade”, explicou Lucas rodrigues, estudantes de Arquitetura.

O que não faltou no SAU foi cor. Os alunos soltaram a criatividade na hora de colorir uma parede inteira, também como resultado prático de uma oficina. “A gente propôs, com essa painel, trazer um pouco de cor para o nosso bloco, com elementos voltados para a arquitetura e para a parte artística que envolve o curso”, disse Matheus Ribeiro, também aluno de Arquitetura.

O IV Simpósio de Arquitetura e Urbanismo deixou para as FIP um legado de arte, sensibilidade e liberdade.