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Debate sobre Setembro Amarelo alia visões da psiquiatria e do espiritismo

Café com Saúde

Redação
quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Um tema delicado, mas que precisa ser discutido. O Setembro Amarelo dilui na sociedade um debate importante sobre a problemática do suicídio. Mas mais do que uma discussão sobre morte, a mobilização exalta a valorização da vida. Foi assim com o Café com Saúde, um evento promovido pelo curso de Enfermagem, marcando o encerramento das atividades do Setembro Amarelo nas FIP.

A atividade levantou a bandeira da campanha, fazendo uma reflexão sobre o assunto, que ainda é visto como tabu. “A gente não está querendo despertar o interesse de ninguém pela morte, mas pela vida. Mostrar que a vida tem valor e que a vida é ouro”, ressaltou Aristea Candeia, idealizadora do evento. “O amarelo representa luz e nós estamos aqui para damos luz a estes jovens”, reforçou.

É justamente entre os jovens que a preocupação é maior. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a segunda maior causa de morte na faixa etária entre 15 e 29 anos. Um estudo mostrou que entre 2011 e 2016 foram registrados mais de 62.800 suicídios no Brasil. A maioria deles cometidos por homens. Os números são do Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil, divulgado este mês pelo Ministério da Saúde.

O Café com Saúde levou esse debate para o âmbito científico. “A nossa abordagem, como uma abordagem mais técnica, seriam situações relacionadas à variações de como e porque o suicídio acontece, do ponto de vista da psiquiatria e da medicina. A pessoa que pensa em suicídio dá os seus sinais de alerta. São frases, comportamentos que nos fazem chamar atenção para a possibilidade de um ato suicida”, explicou o psiquiatra Adriano Menezes.

A questão espiritual também é importante. “As pessoas que não conseguem encarar as dificuldades da vida, que não têm o equilíbrio emocional para enfrentar problemas externos que influenciam no psiquismo, terminam fugindo por essa porta falsa, que é o suicídio. A doutrina Espírita é uma defensora da vida”, afirmou o coordenador do Movimento Espírita, Oswaldo de Sousa.

A mobilização do Setembro Amarelo, acontece no Brasil desde 2015. A iniciativa é do pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Diante dos elevados índices de suicídio no Brasil, o Ministério da Saúde trabalha para reduzir em até 10% dos óbitos por suicídio até o ano de 2020.


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