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Encontro de Jornalismo estabelece relação entre comunicação, política e sociedade

Comunicação, Política e Sociedade

Redação
sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Em pleno período de eleições, a relação entre mídia e política centralizou as discussões do 2º Encontro de Jornalismo FIP. A proposta foi refletir o papel da comunicação diante do processo de campanha eleitoral. O debate reuniu profissionais do Jornalismo e do Direito, estabelecendo um amplo panorama de pontos de vista e opiniões.

Para o pleito de 2016, a legislação foi alterada, enxugando ainda mais os tramites eleitorais. As mais significativas delas foram a redução do período de campanha de 90 para 45 dias e o veto as doações de pessoas jurídicas para financiamento de campanha. Medidas que geram questionamentos. “Será que a população, em 45 dias, consegue decidir quem vai escolher para gerir a cidade?”, indagou o advogado Jonas Guedes.

Em período de campanha, a postura dos meios e dos profissionais da comunicação deve estar em conformidade com as prerrogativas da legislação eleitoral. “Não há restrição para fazer perguntas, entrevistas e debates, mas o alerta é que seja observada uma rigorosa igualdade, sem preferir e sem preterir um ou outro”, esclareceu o juiz Ramonilson Alves, conferencista na abertura do evento.

A “rigorosa igualdade” a que o juiz se refere está diretamente ligada a imparcialidade. Para o jornalista Jamersom Ferreira, esse princípio pode, em algum momento, não prevalecer diante das exigências editorias dos veículos de imprensa. “Você vai, às vezes, de encontro a interesses. Interesses dos próprios meios de comunicação e é nesse momento que você tem que se firmar como profissional. Está aí o dilema do dia a dia do Jornalismo, que é por em prática a ética que você aprendeu na faculdade”, explicou.

A dinâmica do Encontro permitiu aos alunos o contato com temas correlatos ao Jornalismo Político, como noções sobre pesquisa eleitoral, assessoria política e o uso das novas mídias no marketing político. As abordagens, feitas no formato de oficinas, ampliou o olhar acadêmicos para novos conhecimentos.

Para o encerramento do Encontro, as FIP receberam o repórter da TV Cabo Branco e comentarista político do Sistema Paraíba de Comunicação, Laerte Cerqueira. O discurso político e papel do Jornalismo como instrumento de transformação foi o que norteou a conversa.

“As questões sociais precisam ser levantadas num debate político. Saúde, cultura, meio ambiente são questões políticas que precisam ser levantas pelo jornalismo, e aí se propõe esse encontro com o processo de transformação”, pontuou Laerte. “Não dá pra pensar o jornalismo político simplesmente como um jornalismo declaratório, baseado nas questões partidárias. A gente tem que ver o jornalismo político como uma atividade para pensar a mudança social”, afirmou.

Alcançando o propósito de levar conhecimento para a formação profissional e reflexões para a formação cidadã dos acadêmicos, o resultado do Encontro, segundo a coordenação, é positivo. “Promover um debate reflexivo acerca do fazer jornalístico no contexto político, é proporcionar uma visão macro no tocante às práticas e o manejo coerente com a informação. Nós conseguimos cumprir, dentro dessa jornada de comunicação, essa proposta,” avaliou o coodenador de Jornalismo das FIP, Flauber Paiva.

Simbolicamente, o 2º Encontro de Jornalismo FIP referenciou a forma como acabam muitos casos políticos no Brasil. Um rodízio de pizza marcou a confraternização de encerramento do evento.


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