Dentro da programação do I Congresso de Educação das FIP, o Núcleo de Apoio Didático Pedagógico (NADIP) promoveu uma palestra voltada exclusivamente para os professores da Instituição. Junto ao corpo docente de todos os cursos, foram discutidos os processos e avaliação e as formas didáticas para transmissão o conhecimento.
Segundo o pedagogo e palestrante, Janssen Felipe, “para se tornar um professor de educação superior, é preciso que profissionais de páreas específica, como Medicina e Odontologia, aprendam conhecimentos pedagógicos”. Esse conhecimento é que permite que o profissional transforme o saber específico em saber de aprendizado. “É preciso didatizar o conhecimento específico”, ressaltou.
Ainda no debate, o professor das Licenciaturas, Pe. Everaldo Lucena, destacou que “é preciso um planejamento para que seja desenvolvida uma didática para que o professor exerça seu papel de mediador entre o aluno e o conhecimento”. Essa interação deve acontecer através do diálogo. “Sem o diálogo não há uma evolução de conhecimento nem de pensamento”, concluiu.
No Ensino superior, é fundamental que a avaliação dos alunos seja planejada e direcionada levando em conta não apenas o que é traduzido em notas. “A avaliação deve ser um elemento a mais e não um elemento central do processo formativo. A sociedade ainda está habituada a uma avaliação quantitativa, mas a possibilidade de pensar essa avaliação como construção de um conhecimento significativo é o nosso principal foco agora”, afirmou Anarita Salvador, coordenadora de Serviço Social.
Para Paula Christianne Souto Maia, coordenadora de Medicina, o encontro abriu espaço para “um debate atual, voltado para as diretrizes curriculares, viajando não só pela avaliação, mas como construir uma avaliação”. Já a docente do curso de Enfermagem, Mariama Lima, reforçou que “o processe de ensino-aprendizagem é uma construção e reconstrução constante”.
A iniciativa do NADIP possibilitou uma reflexão sobre a docência. “São nesses momento que nós paramos um pouco para pensar na nossa responsabilidade como docente, principalmente os professor bacharéis, que adotam a docência e necessitam pensar no conhecimento pedagógico, indo além do que é específico” afirmou a coordenadora Didático Pedagógico, Sara Lacerda.
Para os professores, o evento é uma prova da atenção dada pelas FIP à formação e qualificação dos seu corpo docente. “As FIP se colocam contextualizadas no seu tempo e olhando para o futuro. Esse momento reconhece que nós, enquanto docentes, somos seres em construção. Não existe um professor feito e acabado, é preciso que haja uma construção contínua, e foi isso que esse encontro nos proporcionou”, avaliou Karoline Lucena, professora de Direito. “A maior riqueza de um evento como esse é poder ouvir a realidade de outros cursos e consolidar aquilo que é uma proposta da própria Faculdade”, finalizou.
